A propósito da Volta à França, tem-se falado, novamente, da aplicação de novas tecnologias no desporto.
Há quem pretenda a eliminação do uso do rádio no ciclismo, como meio de comunicação entre os atletas e respectivas equipas, contrariamente á situação instalada.
Para quem aprecia o ciclismo como uma modalidade, na qual, é mais relevante o esforço individual do que o resultado colectivo, e enaltece o imprevisível no desporto, só pode defender a limitação do uso de meios tecnológicos como a rádio, instrumento este que sobrevaloriza a “performance” de equipa. Todos nos recordamos do trabalho individual de Joaquim Agostinho e não o resultado da equipa que o representava.
Durante a volta à França foi efectuada uma etapa experimental sem o uso do rádio. Esta contrariamente ao esperado revelou-se monótona e previsível. Talvez que por receio mutuo, talvez por acordo entre as equipas. O uso da rádio no ciclismo tem no entanto aspectos positivos, nomeadamente em situações de socorro, pelo que o seu uso não deveria ser eliminado, mas reduzido.
Parece, no entanto que a situação actual vai-se manter devido aos lobbies e interesses instalados das grandes equipas.
No futebol a situação é divergente, no sentido de que as novas tecnologias não estão a ser aplicadas. Esta situação provoca por vezes, a subsistência de situações dúbias em ocasiões de decisão, fomentando e aumentando o descrédito deste desporto.
Como no ciclismo, a situação actual vai-se mantendo, devido aos lobbies e grandes interesses instalados.
Dois desportos, duas opiniões distintas, o beneficio para os mesmos …
7 comentários:
No ciclismo apenas deveria ser permitido o uso das transmissões via rádio, em sinal aberto e único, para o caso de acidentes e pouco mais.
O que actualmente se verifica altera o espírito da coisa.
No futebol, sou totalmente contra o que se chama de novas tecnologias.
Os jogadores são seres humanos, tal como os árbitros. Logo, passíveis de errar.
E não podemos escamotear a verdade dos factos.
Novas tecnologias? Para quê? Porquê?
Deixemos o desporto ser isso mesmo, com os defeitos e virtudes que encerram.
Tudo o que deturpar a verdade, soa a falso.
E não se trata de lobbies nem de interesses instalados.
Duas modalidades (e não dois desportos) que como todas as outras não precisam de mais nada para perderem o encanto que ainda possuem.
Gostei do teu blog :)
Grande post, grade tema de conversa... e ainda vai dar muito que falar, especialmente no que toca ao futebol!
Este mundo não está para desporto nem desportistas, por isso prevalece a lei dos lobbies.
Eles (os lobbies) vão acabar por matar a galinha dos ovos de ouro.
Os estádios já começam a ficar vazios, ou entregues às máfias... perdão, às claques. A Formula 1 já é só para quem pagar à SpotTV e quanto ao ciclismo, mais dia, menos dia, só vão para a beira da estrada os químicos, interessados em saber os resultados práticos da última fórmula de doping e os representantes dos patrocinadores.
Pode ser que enquanto os lobbies se digladiam, o resto do pessoal resolva voltar a praticar o desporto pelo desporto.
Observador
Concordo com o que diz sobre o Ciclismo. No futebol, realmente tudo o que deturpa a verdade soa a falso. Algumas novas tecnologias poderão evitar que o "falso " se instale no futebol.
Fabiana Gomes
Obrigado belo comentário.
Fred Eat Cock
Talvez se torne num novo desporto, o combate de lobbies...
Acho que a tecnologia só traz benefícios a estes desportos e acho que deve ser amplamente usada desde que não prejudique a coerencia e justiça entre os que praticam e para evitar injustiças certamente.
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