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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Suspensão ou Substituição da avaliação de professores. Quais os prejudicados?


A substituição do método de avaliação, ao contrário da suspensão, permite validar as avaliações que foram entregues por alguns professoras e obriga os que não entregaram a ser avaliados com as regras actuais que irão ser alteradas. Partindo do princípio que metade dos professores entregou os objectivos para avaliação (o que não é liquido), verifica-se que “alguém” (cerca de 50% dos professores) irá ser prejudicado. Caso seja feita uma simples substituição do processo, irão ser prejudicados os que inicialmente não entregaram os objectivos, pois terão que ser avaliados à pressão, pelo método antigo. Caso se opte por suspensão, presumivelmente ficariam prejudicados os que até à data entregaram os objectivos e foram avaliados, pois a sua avaliação iria para o lixo.

Se todos os partidos incluindo o governo, assumem que o anterior método de avaliação de Maria de Lurdes Rodrigues foi mal elaborada e terá de ser alterado, porquê optar pela simples substituição e assim prejudicar os que não entregaram os objectivos, por convicção que o modelo estava errado, e que com a sua acção ajudaram e forçaram que o sistema viesse a ser alterado?

Toda a gente sabe que o que realmente está em causa são jogos políticos, mais importantes para os partidos que os os valores e a justiça.

É sui generis a repentina alteração de rumo político de um dos partidos, tão pouco tempo passado após as eleições … Realmente não se pode confiar nos políticos!... Mas caramba! Toda a gente sabe que o que se ganha no final é a efectiva desmotivação dos professores e a consequente prejuízo dos estudantes…

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Educação, charneira da estabilidade governamental?

Existem vários temas que certamente hão-de jogar com o futuro do novo governo de Sócrates, mas sem dúvida, um dos mais problemáticos terá a ver com as alterações que o governo irá propor ou não, para a avaliação e caracterização da carreira dos professores.

À sombra da maioria absoluta, Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues persistiram na incompetência da criação e implementação de uma avaliação desconexa para os professores, e para uma divisão sem sentido da carreira docente, com um único e simplório objectivo economicista.

Tendo sido no geral, todo o sistema de avaliação para a função pública, (SIADAP), distinguido pela incoerência e injustiça, todas estas inconsistências sobressaíram na avaliação dos docentes, cuja especificidade profissional é bem conhecida de todos.

Mas o problema da Educação não se resumiu aos professores, pois foi implementada uma politica de facilitismo denunciada nas provas dos exames nacionais e nos critérios adoptados para as chamadas “novas oportunidades” que apenas se justificaram devido à obsessão doentia de atingir artificialmente níveis estatísticos europeus pré definidos.

Pondo de lados todas as questões sindicais e politicas, cá estamos nós, todos alegres e felizes, com turmas de alunos ignorantes e deseducados, professores desmotivados e mal-pagos, que simplesmente denunciam a existência de um sistema de educação doente, que a continuar assim, sem sombra de dúvida impedirá que se atinjam os objectivos necessários de qualidade e competência indispensáveis para uma evolução cultural e cientifica efectiva para o nosso pequeno rectângulo situado numa das pontas do continente europeu…

Muito estará o futuro deste governo, não maioritário, dependente do rumo dado à educação..

Conseguir-se-à a ambicionada estabilidade governamental?


terça-feira, 23 de junho de 2009

SIADAP : À imagem de Sócrates.


Muito se fala da avaliação dos professores, no entanto a inabilidade das avaliações não se limita ao ramo do ensino. Na função pública todo o sistema de avaliação (SIADAP) está a ser implementado sob o teor da incongruência e inconsistência.

Assim, apesar da sua entrada em vigor há alguns anos, continuam vários sectores da função pública a não aplicar o SIADAP.

Nos casos em que se encontra em aplicação, algumas das regras previstas na lei, como sejam a atribuição dos prémios de desempenho, são esquecidas quando interessa esquecer.

A definição dos objectivos e respectivo desenvolvimento da avaliação, em vez de ser o espelho das actividades a concretizar transforma-se numa nova actividade e na “acção prioritária”, provocando a redução de produtividade nas actividades essenciais.

A atribuição de cotas para os “Excelentes” e os “Muito Bons”, provocam situações caricatas como seja a existência de divisões com produtividade alta que só têm direito a um MB e divisões sem produtividade que têm “direito” igualmente a um MB.

Não existe comparação e confronto entre desempenhos de funcionários com tarefas semelhantes em divisões diversas.

Apesar da obrigatoriedade das cotas, nos casos de recurso as mesmas são esquecidas.

A injustiça e a desmotivação imperam. O favoritismo e o compadrio predominam.

Enfim, contrariamente ao propalado pelo governo a actual avaliação do desempenho é hipócrita e muito menos justa do que a anteriormente existente.

O SIADAP na versão actual, só se compreende e justifica se o seu objectivo for a desmotivação do funcionário público e a redução dos quadros a longo prazo.

Esta constitui mais uma produção à imagem de Sócrates.


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