Existem vários temas que certamente hão-de jogar com o futuro do novo governo de Sócrates, mas sem dúvida, um dos mais problemáticos terá a ver com as alterações que o governo irá propor ou não, para a avaliação e caracterização da carreira dos professores.
À sombra da maioria absoluta, Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues persistiram na incompetência da criação e implementação de uma avaliação desconexa para os professores, e para uma divisão sem sentido da carreira docente, com um único e simplório objectivo economicista.
Tendo sido no geral, todo o sistema de avaliação para a função pública, (SIADAP), distinguido pela incoerência e injustiça, todas estas inconsistências sobressaíram na avaliação dos docentes, cuja especificidade profissional é bem conhecida de todos.
Mas o problema da Educação não se resumiu aos professores, pois foi implementada uma politica de facilitismo denunciada nas provas dos exames nacionais e nos critérios adoptados para as chamadas “novas oportunidades” que apenas se justificaram devido à obsessão doentia de atingir artificialmente níveis estatísticos europeus pré definidos.
Pondo de lados todas as questões sindicais e politicas, cá estamos nós, todos alegres e felizes, com turmas de alunos ignorantes e deseducados, professores desmotivados e mal-pagos, que simplesmente denunciam a existência de um sistema de educação doente, que a continuar assim, sem sombra de dúvida impedirá que se atinjam os objectivos necessários de qualidade e competência indispensáveis para uma evolução cultural e cientifica efectiva para o nosso pequeno rectângulo situado numa das pontas do continente europeu…
Conseguir-se-à a ambicionada estabilidade governamental?
7 comentários:
Novas oportunidades de sacar subsídios e criar uma classe de novos "abrunhos" sem qualificação para nada que ultrapasse o chico-espertismo habitual.
Ah, e um certificado com o mesmo valor oficial dos estudantes aplicados, filhos de pais esforçados que nunca receberam um "chavo" para educar a prole.
Estamos a caminho da barbárie.
O mais grave no meio disto tudo é as promessas que se fazem a CRianças, de um computador portátil mas... SÓ SE VOTAREM EM MIM!!!
O que seria se Sócrates não tivesse ganho as eleições??? O resto das crianças que acabaram de entrar para o ensinar já não teriam direito a ele só porque o Sr. Ministro (ex) já não estaria a cargo??? E o que mais me custa é que votaram nele na mesma... será que foram os pais com medo de que os seus filhos não recebessem os seus Magalhães???
O meu filho AINDA não recebeu o dele... (desde o ano passado) mas acredita que NÂO votei...
Uma autêntica hipocrisia!
Um País que me deixa envergonhada... mas é o unico que temos!
Beijocas aromáticas***
Enquanto tinha a maioria fazia o que bem queria, agora não é bem assim. Não acredito que este Governo fica lá muito tempo...
o mais assustador para mim é mesmo o facilitismo que existe no panorama do ensino a nível nacional. Os professores são penalizados se não permitirem que os alunos passem de ano e cria-se artificialmente a ideia de que o analfabetismo deixou de existir em Portugal. As novas oportunidades "oferecem" escolaridade ao nível do 9º ano a quem quiser...e nem precisa de fazer grande esforço
um beijo
Essas coisas da avaliação dos professores, a meu ver, foi tudo mal feito e organizado. Quem sofre são os alunos e os professores e todo o sistema de ensino.
Minoritário ou não, a Educação dará muito trabalho ao Governo... e não em admiraria nada que fosse essa pasta a destronar "Sócrates"!!! Veremos!!
A educação devia ser uma prioridade, as crianças com esse facilitismo todo só perdem e não aprendem...
Não vejo grandes evoluções neste campo!!
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